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Rosa Weber quebra sigilo da campanha do líder de Temer no Congresso

Ministra do Supremo acolheu pedido da PGR e autorizou acesso a dados bancários do deputado federal André Moura (PSC-SE)

atualizado

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Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados
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1 de 1 AF_plenario-da-Camara-dos-Deputados-durante-sessao-extraordinaria-para-votacao-de-projetos_19112015011-840×550 - Foto: Alex Ferreira/ Câmara dos Deputados

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a quebra de sigilo bancário da campanha de 2014 do líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), em investigação sobre suposta compra de votos. Também é alvo da cautelar o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). Os dois parlamentares e o deputado estadual de Sergipe Luciano Pimentel (PSB), que permanece se defendendo em primeira instância porque não tem foro na Corte máxima, passaram a ser alvo de inquérito após grampos da Polícia Civil pegarem supostas tratativas, no âmbito das eleições 2014, feitas por correligionários com eleitores do sertão do estado.

As investigações sobre os parlamentares nasceram de um inquérito policial a respeito de supostos crimes de pedofilia e prostituição infantil em um bar na região de Itabaiana, que envolvia bebedeiras e orgias com menores de idade. Com a quebra de sigilo telefônico, a Polícia Civil constatou que investigados também agiam, em outras duas cidades do estado, para compra de votos. São elas: Nossa Senhora das Dores e Carira, no sertão de Sergipe.

Uma das investigadas é Amanda Mara Souza Chagas, que foi candidata pelo PSC ao cargo de vereadora de Carira, no interior do estado, em 2016. Ela foi flagrada, em 2014, em supostas negociações com habitantes de cidades do sertão de Sergipe. Em uma delas, ela é cobrada pelo pagamento de “dentes novos” a uma eleitora.

Ao determinar abertura de inquérito, a ministra também deferiu diversas diligências requeridas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Entre elas, a quebra de sigilo bancário das contas de campanha do deputado federal, do estadual e do senador.

A ordem da ministra alcança dados bancários dos políticos “pelo estrito período” de 1º de setembro de 2014 a 30 de novembro daquele mesmo ano.

A ministra também deferiu à PGR o pedido para a realização de depoimentos dos alvos dos grampos que foram flagrados nas supostas tratativas.

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