Roger Abdelmassih perde prisão domiciliar por suspeita de fraude
Ex-médico cumpria sentença em casa desde 2017. Ele foi condenado a 181 anos de prisão por estuprar 37 mulheres
atualizado
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O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros em 37 pacientes em sua clínica de reprodução assistida, teve sua prisão domiciliar suspensa pela Justiça de São Paulo, que suspeita de fraude nas declarações das condições de saúde que sustentaram o pedido para que ele cumprisse a pena em casa. São informações do G1.
A Polícia Civil foi ao prédio de Abdelmassih nos Jardins, em São Paulo, para cumprir o mandado de prisão expedido pela juíza Andrea Barreira Brandão nessa segunda-feira (12/08/2019). Pelo mandado, o ex-médico deverá ficar ao menos 30 dias preso para que seja feita a perícia judicial. Abdelmassih será levado ao Hospital Penitenciário de Santana, na Zona Norte de São Paulo.
A Justiça determinou, em julho deste ano, que a Polícia Civil investigasse uma suposta fraude do ex-médico Roger Abdelmassih para agravar sua situação clínica, obter prisão domiciliar e deixar a penitenciária 2 em Tremembé (SP).
Ele teria tido ajuda de um outro detento, o também médico Carlos Sussumu, que e atua na enfermaria da unidade. À Justiça, esse preso negou a ação.
Doença incurável
Em fevereiro de 2018, a 6ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu, por unanimidade, prisão domiciliar definitiva a Abdelmassih. Segundo o advogado do ex-médico, Antonio Celso Fraga, “Roger tem uma doença incurável, progressiva e que traz diversas dificuldades para as atividades do cotidiano, que é a insuficiência cardíaca 4”.
À época, o advogado disse que o réu permaneceria em seu apartamento no Jardim Paulistano, Zona Oeste de São Paulo e só poderia sair com prévia autorização da Justiça. No entanto, ele não usaria tornozeleira eletrônica, pois o equipamento estava em falta no estado de São Paulo.
Médico das estrelas
Abdelmassih era conhecido como “médico das estrelas”, graças ao trabalho realizado em sua clínica de reprodução humana, então a mais famosa do país, onde atendia celebridades e mulheres da alta sociedade. Ele estuprou as pacientes enquanto estavam dopadas para receber inseminação artificial.