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Roger Abdelmassih ganha direito à prisão domiciliar definitiva

Sentença foi confirmada nesta quinta-feira (22/2) pela 6ª Vara Criminal do TJSP

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1 de 1 medico-estu-840×469 - Foto: Reprodução/Agência Brasil

A 6ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu, por unanimidade, prisão domiciliar definitiva ao médico Roger Abdelmassih, de 74 anos. A decisão desta quinta-feira (22/2) confirma entendimento da juíza Sueli Zeraik, da 1ª Vara de Execuções Penais de Taubaté (SP), que em junho de 2017 havia autorizado Abdelmassih a cumprir pena provisoriamente em regime domiciliar.

Segundo o advogado de Abdelmassih, Antonio Celso Fraga, “Roger tem uma doença incurável, progressiva e que traz diversas dificuldades para as atividades do cotidiano, que é a insuficiência cardíaca 4”.

O advogado ainda diz que o réu permanecerá em seu apartamento no Jardim Paulistano, Zona Oeste de São Paulo, e só poderá sair com prévia autorização da Justiça. No entanto, ele não usará tornozeleira eletrônica, pois o equipamento está em falta no estado de São Paulo.

Relembre o caso
O ex-médico Roger Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão por abusar sexualmente de 37 pacientes, mas cumpriu menos de três em regime fechado. Passou mais tempo foragido – quatro anos – do que na cadeia.

Abdelmassih era conhecido como “médico das estrelas”, graças ao trabalho realizado em sua clínica de reprodução humana, então a mais famosa do país, onde atendia celebridades e mulheres da alta sociedade. Ele estuprou as pacientes enquanto estavam dopadas para receber inseminação artificial.

“Fechei os olhos, sonhando em ser mãe, e acordei no meio do ato, com ele em cima de mim. Ele destruiu famílias inteiras”, relata Vana Lopes, uma das vítimas do agressor, que contraiu uma bactéria durante o estupro e perdeu os embriões aplicados.

O estuprador teve o local de prisão modificado oito vezes. A prisão domiciliar de Abdelmassih foi expedida pela Justiça em 21 de junho de 2017, com a justificativa de que ele estaria com a saúde debilitada. O Ministério Público de São Paulo pediu que o ex-médico retornasse ao regime fechado, mas o Tribunal de Justiça local o autorizou a usar tornozeleira eletrônica em um hospital e, depois, em casa.

Nos últimos 11 anos, Abdelmassih tocou a vida normalmente. Casou-se, teve um par de gêmeos com a nova mulher e, foragido da Justiça, morava numa mansão no Paraguai até ser preso.

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