Rio: nove dos 10 militares que fuzilaram músico seguirão presos
Decisão da Justiça Militar foi dada após audiência de custódia com os suspeitos pela morte de Evaldo Rosa dos Santos
atualizado
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Nove dos 10 militares presos em flagrante na ação que resultou na morte do músico Evaldo Rosa dos Santos tiveram suas prisões convertidas para preventiva na tarde desta quarta-feira (10/4). Eles passaram por audiência de custódia junto à Justiça Militar, que considerou que o grupo descumpriu “regras de engajamento” (abordagem). Segundo o Ministério Público Militar, “em tese” eles deverão responder por homicídio doloso e tentativa de homicídio.
Tiveram as prisões em flagrante convertidas para preventiva o segundo-tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, o terceiro-sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva, e os soldados Gabriel Christian Honorato, Matheus Santanna Claudino, Marlon Conceição da Silva, João Lucas da Costa Gonçalo, Leonardo Oliveira de Souza, Gabriel da Silva de Barros Lins e Vitor Borges de Oliveira. O soldado Leonardo Delfino Costa, que alegou não ter atirado, foi solto.
Os 10 foram presos administrativamente por descumprirem regras e procedimentos na abordagem que vitimou Evaldo. A audiência de custodia desta quarta (10) teve por finalidade analisar apenas a legalidade dessas prisões – o inquérito que irá apontar os culpados pela morte corre em paralelo. Apesar disso, o procurador de Justiça Militar Luciano Gorrilhas afirmou que, em tese, eles responderão por homicídio doloso e tentativa de homicídio.
Também investigados, o cabo Paulo Henrique Araújo Leite e o soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento não foram detidos. Eles apenas dirigiam o veículo dos militares.
A audiência desta quarta (10) foi presidida pela juíza federal substituta da Justiça Militar da União (JMU) Mariana Queiroz Aquino Campos, da 1ª Auditoria do Rio de Janeiro.