Ricardo Saud fala de suposto acerto de propina a Eunício de Oliveira
Pagamento teria ocorrido dentro do Senado Federal. Novos detalhes da delação foram relatados pelo ex-executivo da JBS à PGR
atualizado
Compartilhar notícia
Novos detalhes sobre um suposto pagamento de propina – R$ 5 milhões – feito pela Vigor, empresa ligada à JBS, e outras companhias do segmento de laticínios ao presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), foram revelados por Ricardo Saud em delação complementar. O acerto teria ocorrido nas dependências do Senado Federal, conforme informou o ex-executivo do grupo empresarial dos irmãos Joesley e Wesley Batista. As informações são da TV Globo.
Segundo a reportagem, o acerto teria sido feito por meio de doações ao partido de Oliveira, em 2014. O pagamento do montante, para modificar Medida Provisória em benefício de empresas do setor, já havia sido afirmado em 2017, nos primeiros depoimentos da colaboração premiada firmada entre os dirigentes do grupo e o Ministério Público Federal.
Na época, Eunício Oliveira divulgou nota declarando que os relatos de Ricardo Saud eram “imaginários” e “mentirosos”.De acordo com a reportagem, Saud detalhou o modo como foram feitos os pagamentos, além de destacar valores, empresas participantes do conchavo e outros detalhes do suposto acerto. O delator entregou à Procuradoria-Geral da República 12 arquivos com novos dados, aos quais a TV Gobo teria conseguido acesso.
Na delação complementar, ele relata ter havido oferta de propina dentro do Senado para Eunício Oliveira atuar pelo veto de emendas em medidas provisórias que poderiam favorecer uma concorrente, a empresa LBR.