Relator indica parecer favorável a Raquel Dodge em Comissão do Senado
Segundo Roberto Rocha (PSB-MA), “a princípio não há motivo para ser contra a indicação”
atualizado
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Relator da indicação da subprocuradora Raquel Dodge para chefiar a Procuradoria-geral da República (PGR), o senador Roberto Rocha (PSB-MA) não poupou elogios, nesta quinta-feira (29/6), à escolha feita pelo presidente Michel Temer. Segundo ele, “a princípio não há motivo para ser contra a indicação”.
“Eu acho que é uma pessoa idônea, com 30 anos de MP, professora da UnB e de Harvard. Um currículo impecável. De modo que tanto ela quanto os outros dois estariam honrando o Ministério Público Foi uma grande escolha e vamos testemunhar isso na sabatina”, afirmou o senador. Embora o PSB tenha saído da base aliada, Rocha tem adotado posições favoráveis ao governo, como na votação da reforma trabalhista.
Para Rocha, porém, isso não deve dificultar a aprovação dela no Senado. “Não haverá dificuldade (para a aprovação). Eu acho que o próprio Nicolau Dino, conhecendo a regra do jogo, não achou nada de estranho nisso. O irmão dele, Flávio Dino, no Maranhão, onde governa, não escolheu o primeiro da lista. De modo que essa é uma prática do chefe do Executivo. Ele tem essa prerrogativa ”
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também elogiou a escolha, que teve o apoio de senadores do PMDB. Ele nega, porém, que a subprocuradora tenha sido “apadrinhada” pelo partido. “O PMDB e nenhum partido apadrinha a nomeação do procurador-geral da República. Eu trabalhei pela aprovação e pela recondução do doutor Rodrigo Janot e nem por isso o PMDB apoiou a indicação. Senadores sabatinam e votam aqui de acordo com suas consciências”, disse.
Questionado se haverá constrangimento à participação de senadores investigados na sabatina da futura procuradora-geral da República, Jucá negou. “Não vejo nenhum empecilho regimental para investigados participarem da sabatina. Não cabe a mim criar óbice. Caberá a cada um deles avaliar.”
A previsão de Rocha é que seu relatório seja lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já na semana que vem e a indicação seja votada no plenário do Senado antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17 de julho. Antes, a indicação precisa ser lida no Senado, o que ainda não aconteceu.