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Raquel Dodge denuncia ministro do TSE por agressão contra a mulher

Procuradoria-Geral da República (PGR) ofertou denúncia contra o ministro Admar Gonzaga na terça (14) pelo crime de lesão corporal

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixada de PortugalFoto: Giovanna Bembom/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 13/12/2016 – Prêmio Engenho 2016Local: Embaixada de PortugalFoto: Giovanna Bembom/Metrópoles - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga por lesão corporal contra a mulher, Élida Souza Matos. A acusação foi protocolada na noite de terça-feira (14/11) e ainda não se encontra disponível para consulta no site do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não haja sigilo, os detalhes da peça ainda não foram divulgados. O caso de violência doméstica foi revelado pelo Metrópoles em junho deste ano.

A denúncia de violência doméstica contra o ministro foi registrada por Élida na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), Distrito Federal, em 23 de junho. No boletim de ocorrência, ela contou aos policiais que o magistrado a teria agredido, causando-lhe um ferimento no olho, durante uma discussão na casa do casal, no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul. A esposa disse que foi xingada por Admar, com quem convive há mais de 10 anos. Segundo ela, o marido chegou a dizer que “você não serve nem pra pano de chão”. A mulher acusou o magistrado de ter jogado enxaguante bucal nela.

No mesmo dia em que registrou a ocorrência, contudo, Élida resolveu fazer uma retratação. Mesmo com a renúncia, o caso seguiu o trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF), instância que julga detentores de foro privilegiado, como o ministro do TSE.

Em junho, o Supremo enviou à PGR um pedido de abertura de inquérito contra Admar. O despacho foi assinado pelo ministro Celso de Mello. Para o magistrado, embora a mulher tenha retirado a queixa, caberá à Procuradora-Geral decidir o que será feito. Segundo ele, o crime de lesão corporal é “perseguível mediante ação penal incondicionada”.

Em outubro, Admar Gonzaga enviou uma defesa por escrito ao STF na qual negava ter batido em Élida. Disse que agiu na tentativa de se proteger da esposa, que o teria arranhado, causando-lhe “marcas permanentes”. Para comprovar a sua tese, anexou fotos dos machucados.

 

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O ministro afirmou que ficou com marcas permanentes
Admar disse que se refere à mulher como o "amor da vida dele"
Admar Gonzaga e Elida Gonzaga
O ministro durante uma sessão do TSE
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Admar disse que apenas se defendeu das agressões

Reprodução
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O ministro afirmou que ficou com marcas permanentes

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Admar disse que se refere à mulher como o "amor da vida dele"

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Admar Gonzaga e Elida Gonzaga

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O ministro durante uma sessão do TSE

Michael Melo/Metrópoles

Segundo o documento assinado por Gonzaga, Elida teve uma “grave crise de ciúmes”. Ainda de acordo com o magistrado, antes da briga, a mulher teria “degustado algumas taças de vinho a mais, sem a devida alimentação”. A ocorrência foi registrada pela polícia como violência doméstica, injúria e lesão corporal.

Outro lado
Ao serviço de notícias Estadão/Broadcast, Admar Gonzaga disse que precisava analisar a acusação formal da procuradora-geral antes de fazer comentários. No entanto, afirmou que o casal, hoje separado, está tentando a reaproximação. “Depois do ocorrido, já viajamos para o exterior duas vezes juntos e tivemos naturalmente um ambiente muito agradável, com o desejo de ambos (de reaproximação). Na segunda viagem, ela que me convidou”, disse.

O ministro afirmou ainda que não tem o teor da denúncia oferecida pela procuradora-geral. “A única coisa que sei é que o nosso interesse, desde então, era a reconciliação. O que tem atrapalhado são as notícias sensacionalistas: ‘Ah, ministro acusa mulher de desequilíbrio e bebedeira’… Esse tipo de informação acaba causando insegurança. Lamento muito que esse tipo de assunto esteja tão publicizado”, disse Admar Gonzaga.

(Com informações da Agência Estado)

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