metropoles.com

Raquel Dodge cobra esclarecimento do assassinato de Marielle Franco

Em um evento, a procuradora-geral da República reconheceu a importância da ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Nelson Jr./SCO/ST
raquel dodge
1 de 1 raquel dodge - Foto: Nelson Jr./SCO/ST

Em um evento que discute a prevenção da violência doméstica contra a mulher realizado no Conselho Nacional do Ministério Público nesta quarta-feira (5/12) a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cobrou o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco, que, segundo ela, foi uma importante ativista e defensora dos direitos humanos no Rio de Janeiro.

“(Marielle Franco) Emprestou a sua voz em favor de populações mais excluídas e seu assassinato é uma expressão da violência contra a mulher e contra a mulher negra que quer ocupar espaço de poder no nosso país e, portanto, necessita ser o quanto antes esclarecido”, disse Raquel Dodge, que foi aplaudida na sequência.

Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da Prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não houve maiores esclarecimentos.

Investigação. No final de novembro, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que não há garantias de que o assassinato da vereadora e de seu motorista conseguirá ser elucidado ainda este ano. Segundo Jungmann, “existiria uma grande articulação envolvendo agentes públicos, milicianos e políticos” atuando para impedir a resolução do caso. “Eu diria que (o envolvimento deles no crime) é mais do que uma certeza”, insistiu.

À época, Jungmann declarou que a Polícia Federal passou a atuar mais diretamente no caso no início de novembro, apesar de ter se oferecido para ajudar nas investigações no dia seguinte ao assassinato, em março – o que foi descartado pelo Estado.

“A Polícia Federal – que nós oferecemos mais de uma vez que ela viesse para cá – é uma das melhores polícias investigativas do mundo, e eu acredito que ela vai, sim, avançar. Vai avançar esclarecendo o complô dos poderosos, dos podres poderes, que eu tenho certeza que é fundamental acabar com eles para o bem da sociedade do Rio de Janeiro”, afirmou Jungmann.

Apesar de admitir que o caso talvez ainda demore, Jungmann assegurou que ele será elucidado. “Nós vamos chegar em quem for. A Polícia Federal tem distanciamento suficiente, e é fundamental para poder avançar nesse processo de faxina do Rio de Janeiro, e é disso que se trata.”

No início de novembro, o ex-juiz federal Sérgio Moro afirmou que, assumindo o Ministério da Justiça e da Segurança Pública do Governo Bolsonaro (PSL), vai ver ‘o que é possível fazer’ no caso do assassinato da vereadora e do motorista.

“Não desconheço o problema que envolve o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do senhor Anderson Gomes, acho que é um crime que tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, pretendo me inteirar melhor dessas questões e ver o que é possível fazer no âmbito do Ministério”, declarou na ocasião.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?