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Procuradoria Eleitoral devolve inquérito de Alckmin à 1ª instância

O envio ocorreu a pedido do subprocurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, que vê “crime eleitoral” no caso do ex-governador de SP

atualizado

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Daniel Teixeira/agência estado
GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB
1 de 1 GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB - Foto: Daniel Teixeira/agência estado

A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo devolveu, nesta sexta-feira (27/4), para a primeira instância da Justiça Eleitoral, o inquérito que investiga o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por suspeita de caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014. Três delatores da empreiteira afirmaram propina de R$ 10,3 milhões pagas a um cunhado e a um ex-secretário do tucano – também alvos da investigação. Alckmin nega as acusações.

Os procuradores eleitorais entenderam que a existência do atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Marcos Monteiro, entre os investigados “não atrai a competência da segunda instância da Justiça Eleitoral”, conforme precedentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Monteiro foi tesoureiro da campanha de Alckmin à reeleição em 2014 e depois nomeado secretário de Planejamento da gestão tucana (2015-2018). Permaneceu no primeiro escalão do governo por decisão do novo governador Márcio França (PSB).

Com a decisão da Procuradoria, o inquérito de Alckmin volta para o promotor da 1ª zona eleitoral de São Paulo, Luiz Henrique Dal Poz, que havia recebido o processo das mãos da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighy.

O envio ocorreu a pedido do subprocurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, por ver indícios de “crime eleitoral” no caso de Alckmin. Luciano Mariz deu parecer desfavorável ao pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, que queria investigar o caso.

Delação
Em depoimentos, os colaboradores da Odebrecht Benedicto Barbosa Junior, Carlos Armando Paschoal e Arnaldo Cumplido citaram repasse de recursos a Alckmin a título de “contribuição eleitoral”. As doações não contabilizadas teriam contado com a participação do cunhado do pré-candidato a presidente, Adhemar Cesar Ribeiro, também investigado no inquérito, e de Marcos Monteiro, identificado nas planilhas da empreiteira com os codinomes “Salsicha” e “M&M”.

 

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