Procuradores da Lava Jato em São Paulo pedem demissão coletiva
Procuradores afirmam haver “incompatibilidades insolúveis” com a procuradora natural dos feitos da operação, Viviane de Oliveira Martinzes
atualizado
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Um pedido de demissão coletiva uniu sete integrantes da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo. Nesta quarta-feira (2/9), os procuradores pediram desligamento nos trabalhos da operação ao procurador-geral da República, Augusto Aras. São informações de O Globo.
No documento que apresentaram à PGR, os procuradores demissionários afirmam haver “incompatibilidades insolúveis” com a procuradora natural dos feitos da Lava Jato, Viviane de Oliveira Martinzes.
“Estão à disposição para adotarem providências finais a parte dos casos que vinham sendo conduzidos, e solicitam, para tanto, seja o efeito do desligamento ora solicitado iniciado a partir das datas abaixo discriminadas”, diz o documento assinado pela coordenadora do grupo, Janice Ascari, e outros seis procuradores.
Entre eles, estão os procuradores Thiago Lacerda Nobre, Guilherme Rocha Göpfert, Paloma Alves Ramos, Marília Soares Ferreira Iftim, Paulo Sérgio Ferreira Filho e Yuri Corrêa da Luz.
Após saída de Dallagnol
A debandada do grupo acontece um dia depois do coordenador da força-tarefa no Paraná, Deltan Dallagnol, anunciar sua saída da operação.
Dallagnol alegou que sua saída ocorreu por motivos de saúde de sua filha de um ano e 10 meses ,que passará por exames e tratamento médico.
Ele será substituído por Alessandro José Fernandes de Oliveira, que atualmente faz parte do grupo de trabalho da Lava Jato da Procuradoria-Geral da República (PGR) e que tem perfil mais discreto e moderado.