Porta dos Fundos: Netflix vai ao STF contra decisão da Justiça
A empresa alega que a sentença que mandou retirar do ar o Especial de Natal “silencia por meio do medo e da intimidação”
atualizado
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Após a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que mandou tirar do ar o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo, a Netflix recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (09/01/2020), para pedir a liberação do vídeo. A produção causou polêmica por retratar Jesus como homossexual.
De acordo com a Netflix, “a decisão proferida pelo TJ-RJ tem efeito equivalente ao da bomba utilizada no atentado terrorista à sede do Porta dos Fundos: silencia por meio do medo e da intimidação”. No documento, a empresa classifica a suspensão como censura.
O relator do pedido no Supremo é o ministro Gilmar Mendes, mas o processo foi distribuído ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Isso porque o Judiciário está em recesso até fevereiro e, então, cabe a Toffoli julgar as questões que ele preferir dar preferência.
Entenda
Nessa quarta-feira (08/01/2020), a Justiça do Rio, por meio de decisão do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível, determinou que a Netflix e a produtora Porta dos Fundos retirem do ar o Especial de Natal. Para o magistrado, a sentença é necessária para “acalmar os ânimos”.
O especial, que entrou no ar em dezembro, é motivo de diversas polêmicas e pedidos na Justiça por parte de líderes e grupos religiosos. O pleito em questão havia sido negado na 1ª instância, mas foi acatado por Abicair. Cabe recurso da decisão.