Porta dos Fundos: desembargador foi contra “censura” a Bolsonaro
Benedicto Abicair, do TJRJ, determinou que a Netflix retire do ar o especial de Natal
atualizado
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O desembargador Benedicto Abicair, que determinou a retirada do especial de Natal dos Porta dos Fundos, classificou como “censura” uma ação contra o então deputado federal Jair Bolsonaro (sem partido), quando foi acusado de homofobia.
O caso foi revelado nesta quinta-feira (09/01/2020) pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época.
No processo, o atual presidente da República foi julgado por afirmar, durante o programa CQC, da TV Band, que não teria filhos gays por conta da boa educação dedicada a eles e “por ter sido um pai presente“.
Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 150 mil de indenização por danos morais à comunidade LGBT.
“Ademais, não vejo como, em uma democracia, censurar o direito de manifestação de quem quer que seja. Gostar ou não gostar. Querer ou não querer, aceitar ou não aceitar”, escreveu o desembargador.
Porta dos Fundos
Abicair é desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Nessa quarta-feira (08/01/2020), ele determinou que a Netflix retire do ar o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo.
O filme, que entrou no ar em dezembro do ano passado, é motivo de diversas polêmicas e pedidos na Justiça por parte de líderes e grupos religiosos.
“Por todo o exposto, se me aparenta, portanto, mais adequado e benéfico, não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã, até que se julgue o mérito do agravo, recorrer-se à cautela, para acalmar ânimos, pelo que concedo liminar na forma requerida”, escreveu, desta vez.