PMs do RJ são condenados por corromper testemunhas no caso Amarildo
Ministério Público acusa dupla de oferecer dinheiro a mulher e homem para imputarem a criminosos a responsabilidade pelo desaparecimento
atualizado
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Ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, no Rio de Janeiro, o major Edson Raimundo dos Santos e o soldado Newland de Oliveira e Silva Junior foram condenados nesta quinta-feira (22/6) pela Justiça fluminense. Eles foram acusados de corromper duas testemunhas do caso do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em julho de 2013.
Segundo o Ministério Público, os réus ofereceram dinheiro para uma mulher e um homem para que eles imputassem a criminosos da comunidade a responsabilidade pela morte de Amarildo. A mulher teria recebido R$ 850 e o homem, R$ 500.
Os quatro já tinham sido condenados em fevereiro do ano passado, pela tortura e ocultação do cadáver de Amarildo, junto com outros nove réus no processo. Edson Santos, por exemplo, foi condenado a 13 anos de prisão.
Relembre o caso
De acordo com os autos, o pedreiro Amarildo de Souza foi levado à sede de uma Unidade de Polícia Pacificadora na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, supostamente com o objetivo de fornecer informações sobre o local em que uma facção criminosa guardaria armas e drogas.
Segundo a acusação formulada pelo Ministério Público estadual, ele não resistiu a uma sessão de torturas e morreu dentro da própria unidade. O caso se transformou em um símbolo da violência policial durante as grandes manifestações de rua que ocorreram em junho de 2013.
A Justiça do Rio condenou, em janeiro deste ano, 13 dos 25 policiais militares acusados da tortura e morte de Amarildo. Entre eles está o ex-comandante da UPP da Rocinha major Edson Santos, condenado a 13 anos e sete meses de prisão pelos crimes de tortura e ocultação de cadáver. (Com informações da Agência Estado)