Plano de vacinação: PGR apura se Pazuello cometeu falsidade ideológica
Ministro enviou ao STF documento com nomes de pesquisadores que afirmaram, em nota, que não tinham sido consultados
atualizado
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O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (4/3), que investiga em apuração preliminar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A medida tem como base o envio de um primeiro plano de vacinação contra a Covid-19 à Corte.
A manifestação da PGR ocorreu no âmbito de um pedido de apuração feito pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) ao tribunal. A parlamentar defendeu que Pazuello deveria ser investigado por falsidade ideológica e fraude processual por conta do episódio.
O documento, enviado ao Supremo, continha assinaturas de cientistas que, posteriormente, negaram ter sido consultados sobre o texto.
“Nesta Procuradoria-Geral da República já tramita notícia de fato destinada à averiguação preliminar do acontecimento ora relatado pela deputada federal noticiante”, afirma o documento assinado por Aras.
Veja a íntegra do documento:
Notícia-crime Pazuello by Metropoles on Scribd
O plano foi apresentado ao STF em dezembro no âmbito de ações que pediam que a União fosse obrigada pela Justiça a elaborar estratégias para assegurar a oferta de vacinas contra o coronavírus.
Após o anúncio, pesquisadores que assessoraram o Ministério da Saúde e têm os nomes citados no documento emitiram nota conjunta afirmando não terem sido consultados antes de envio do plano de vacinação ao STF.
“Nos causou surpresa e estranheza que o documento no qual constam os nomes dos pesquisadores deste grupo técnico não nos foi apresentado anteriormente e não obteve nossa anuência”, diz trecho da nota dos pesquisadores.