PGR vai investigar mensagens de Carla Zambelli ao ex-ministro Sergio Moro
A deputada federal tentou convencer o ex-ministro a aceitar o nome de Alexandre Ramagem como substituto de Maurício Valeixo no comando da PF
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o início de uma investigação preliminar para apurar possíveis crimes cometidos nas mensagens enviadas pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) ao então ministro da Justiça, Sergio Moro.
Zambelli, que tem o ex-ministro como padrinho de casamento, tentou convencê-lo a aceitar o nome de Alexandre Ramagem como substituto de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal (PF). Ela também pediu a ele para não deixar o cargo, com a oferta de que poderia ocupar uma cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF) “em setembro”.
Após a divulgação das mensagens, a deputada foi convidada a depor no âmbito do inquérito que investiga uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação.
Com isso, deputados do PT entraram com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusam Zambelli de ter cometido advocacia administrativa e tráfico de influência.
No último dia 26, o ministro Celso de Mello, relator do caso na Corte, enviou ofício para a PRG para que o órgão comandado por Augusto Aras se manifestasse sobre a acusação.
Ao STF, Aras informou que pediu a instauração de uma Notícia de Fato, para averiguar os fatos relatados. “Na eventualidade de serem reunidos indícios robustos de possível prática de ilícitos, serão adotadas as medidas legalmente cabíveis”, disse.