PGR quer que STF investigue ministro da Educação por crime de homofobia
Supremo confirmou que recebeu o pedido e, inclusive, já definiu o relator para o parecer: será o ministro Dias Toffoli
atualizado
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A declaração do ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, ao ligar homossexualidade a “famílias desajustadas”, levou a Procuradoria-Geral da República a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se houve um eventual crime de preconceito.
Segundo a PGR, a solicitação foi enviada ao Supremo nessa sexta-feira (25/9) pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques.
Neste sábado (26/9), o STF confirmou que recebeu o pedido e, inclusive, já definiu o relator para o parecer: será o ministro Dias Toffoli.
Na última quinta-feira (24/9), Ribeiro disse, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que a homossexualidade está ligada a “famílias desajustadas”.
Escolha
“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe”, afirmou, ao ser questionado sobre educação sexual nas escolas.
Pastor na Igreja Presbiteriana, Ribeiro disse também que a homossexualidade é uma escolha. “Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios”, completou.
Tambem neste sábado, o ministro foi às redes sociais para afirmar que sua declaração foi tirada de contexto e para pedir desculpas a quem ficou ofendido.
Veja:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Quanto à reportagem veiculada no jornal “O Estado de São Paulo”, venho esclarecer que minha fala foi interpretada de modo descontextualizado.
Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual.
(1/3)
— Milton Ribeiro (@mribeiroMEC) September 26, 2020