PGR diz ao STF que identificou organizadores de atos antidemocráticos
O próximo passo do MPF é analisar os dados das quebras de sigilo bancário e fiscal para identificar os financiadores
atualizado
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Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que identificou os nomes dos responsáveis pela organização de atos antidemocráticos e ataques contra a Corte e os ministros. A informação foi revelada pelo jornal O Globo.
Agora, a PGR vai analisar os dados das quebras de sigilo bancário e fiscal para identificar os financiadores desses atos. O processo corre em sigilo no Supremo.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, prorrogou o inquérito dos atos antidemocráticos por mais 90 dias na semana passada.
Os nomes desses alvos identificados pela PGR estão sendo mantidos sob sigilo.
O vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu autorização a Moraes para que seja compartilhado o sigilo bancário de alvos suspeitos, que já havia sido quebrado em um outro inquérito. Isso vai permitir o aprofundamento para descobrir os financiadores dos atos. O ministro está analisando o assunto.
Entenda
O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em abril do ano passado a pedido da PGR após a realização de diversas manifestações marcadas por pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do STF, além de ataques à Constituição. A PGR apura a ocorrência de crimes contra a Lei da Segurança Nacional e outros delitos.
A suspeita da investigação é de uma ação orquestrada envolvendo políticos, influenciadores digitais e empresários para impulsionar esses atos. Dentre os investigados estão parlamentares bolsonaristas.