PGR pede que Jorge Picciani, ex-presidente da Alerj, continue preso
O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foi detido na Operação Cadeia Velha, acusado de corrupção
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo a rejeição do habeas corpus em favor de Jorge Picciani (MDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) preso na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato. A informação é do portal O Antagonista.
No parecer, datado de 11 de janeiro, a subprocuradora-geral Cláudia Sampaio Marques diz que “os fatos apurados evidenciam um monumental esquema de corrupção, que teve início nos anos 1990 e perdurou até o ano de 2017”.
De acordo com as investigações, um grupo que tinha o emedebista como integrante vem adotando práticas financeiras clandestinas e sofisticadas para ocultar a corrupção, além de repasses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).“Trata-se de esquema consolidado no âmbito da Assembleia Legislativa do estado do Rio de Janeiro, sob o comando do paciente (Jorge Picciani) e dos demais parlamentares ouvidos”, escreve a subprocuradora em alusão a Paulo Melo, ex-presidente da Casa, e Edson Albertassi, ambos do MDB.
Os dois também estão presos em decorrência da Operação Cadeia Velha. “Necessária a prisão não somente para fazer cessar a prática delitiva como também para permitir que as investigações transcorram sem os percalços que ocorreriam com a liberdade dos investigados”, concluiu a PGR.
Picciani é acusado de receber mais de R$ 77 milhões em propina da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entre 2010 e março de 2017.