PF investiga sociólogo que chamou Bolsonaro de “pequi roído” em painel
Ministro da Justiça fez a solicitação depois que foram instalados, em Palmas, painéis afirmando que o presidente “não vale um pequi roído”
atualizado
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Sob a alegação de “crime contra a honra” do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a Polícia Federal (PF) abriu uma investigação contra duas pessoas que instalaram placas de outdoor, em Palmas (TO), nas quais consta que o chefe do Executivo “não vale um pequi roído“. A medida partiu de um pedido do ministro da Justiça, André Mendonça.
A publicidade ainda se refere a Bolsonaro como um “cabra à toa” e defende seu impeachment. “Palmas quer impeachment”, diz a placa instalada na avenida Juscelino Kubitschek. No painel, uma imagem do fruto popular no Centro-Oeste brasileiro foi colocada sobre o nariz do presidente.
O inquérito foi determinado por Mendonça em dezembro e aberto em 6 de janeiro pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP). Segundo a Polícia Federal, a investigação já foi encaminhada ao Poder Judiciário.
“Diante dos fatos narrados, requisito ao diretor-geral da Polícia Federal que adote as providências para a abertura de inquérito policial com vistas à imediata apuração de crime contra a honra do presidente da República”, escreveu o ministro André Mendonça no pedido enviado à PF.
São alvo do inquérito o sociólogo Tiago Costa Rodrigues, de 36 anos, que é secretário de formação do PCdoB em Tocantins e mestrando na Universidade Federal do Tocantins (UFT), e Roberval Ferreira de Jesus, de 58 anos, dono de uma microempresa de outdoors.
Em depoimento, Ferreira de Jesus disse só ter sido contratado para a locação do espaço, e não participado da elaboração da peça.
O Metrópoles entrou em contato com o Ministério da Justiça, que não se manifestou até a publicação da matéria. O espaço permanece aberto.