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PF indicia Andrea Neves por acesso ilegal a depoimento de Joesley Batista

Segundo as investigações, documentos sigilosos da Justiça foram encontrados na casa dela, entre eles um interrogatório

atualizado

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PRISÃO ANDREA NEVES CHEGA AO IML PARA EXAME DE CORPO DELITO.
1 de 1 PRISÃO ANDREA NEVES CHEGA AO IML PARA EXAME DE CORPO DELITO. - Foto: FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A jornalista Andrea Neves, irmã do deputado federal e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB), foi indiciada pela Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (10/06), por obstrução de Justiça.

Segundo as investigações, documentos sigilosos da Justiça foram encontrados na casa dela. Entre eles, um interrogatório do empresário Joesley Batista, dono da J&F.

Além da irmã de Aécio, outras cinco pessoas foram indiciadas no âmbito da Operação Escobar por corrupção passiva e organização criminosa.

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Andrea Neves da Cunha, que já foi presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), de Minas Gerais, é irmã do ex-governador Aécio Neves
Andrea Neves ficou presa preventivamente por um mês em 2017, após ser acusada de ter pedido dinheiro a Joesley Batista, dono da JBS, em nome do irmão Aécio Neves
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Andrea Neves foi presa em 2017, em Belo Horizonte, durante Operação Patmos da Polícia Federal

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Andrea Neves da Cunha, que já foi presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), de Minas Gerais, é irmã do ex-governador Aécio Neves

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Andrea Neves ficou presa preventivamente por um mês em 2017, após ser acusada de ter pedido dinheiro a Joesley Batista, dono da JBS, em nome do irmão Aécio Neves

Reprodução

Andrea foi enquadrada na Operação Escobar por embaraçar investigação de infração penal que envolve organização criminosa. Dois escrivães da PF, dois advogados e um empresário do setor varejista estão entre os outros indiciados na ação, que foi conduzida pelo delegado Rodrigo Morais Fernandes.

Para a PF, o fato de ter encontrado documentos reservados na casa de Andrea causou estranheza e demonstrou gravidade, pois nem ela nem Aécio foram investigados por outra operação, que recebeu o nome de Capitu. Dessa forma, não poderiam ter acesso aos documentos, mesmo que tivessem sido obtidos por advogados cadastrados legalmente.

Ainda segundo a investigação, as cópias encontradas na casa de Andrea não estavam assinadas ou numeradas, ou seja, não foram retiradas do processo, o que significa que teriam sido acessadas no computador da polícia.

A corporação diz que quem acessou o depoimento de Joesley Batista foi o escrivão da PF, Márcio Antônio Camillozzi Marra, que teve prisão preventivamente decretada pela Justiça e depois foi solto. Marra foi nomeado conselheiro do Cruzeiro Esporte Clube pelo advogado Ildeu da Cunha Pereira, que também foi indiciado pela Escobar. O cargo no Cruzeiro seria uma compensação pelos vazamentos ilegais. Ele morreu em fevereiro deste ano vítima de um infarto.

Desencadeada em 2018, a Capitu desarticulou um suposto esquema de desvios de verbas no Ministério da Agricultura durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Na época, Joesley e o ex-vice-governador de Minas Antônio Andrade (MDB) foram presos.

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