PF indicia acusados de invadir celulares de Moro e Deltan
Seis pessoas foram indiciadas por formação de quadrilha, acusados de roubar mensagens depois divulgadas pelo The Intercept e seus parceiros
atualizado
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A Polícia Federal indiciou todas as seis pessoas que foram presas sob a suspeita de terem agido na invasão de celulares de autoridades, incluindo o então juiz federal Sergio Moro e o coordenador da operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e na posterior divulgação de mensagens.
O material foi repassado ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, e deu origem à série jornalística Vaza Jato, divulgada pelo próprio Intercept e por veículos que se tornaram parceiros, como o jornal Folha de S.Paulo e a revista Veja, entre outros. Os jornalistas não foram acusados.
Com base nas mensagens, defesas de réus da Lava Jato, incluindo o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, questionam em instâncias superiores da Justiça a legalidade dos procedimentos entre Ministério Público e Justiça Federal em Curitiba.
Foram indiciados por formação de quadrilha Walter Delgatti Neto (que aparece na imagem em destaque), Gustavo Sousa, Danilo Marques, Suelen Priscila de Oliveira, Thiago Eliezer Martins e Luiz Henrique Molição. Esse último fechou acordo de delação premiada com o MP, mas não foi poupado do indiciamento.
Delgatti Neto, Martins, Santos e Marques também foram indiciados por invasão de dispositivos telemáticos e interceptações.
O relatório da Polícia Federal foi enviado à Procuradoria Geral da República, que agora vai decidir se denuncia os indiciados. Se isso ocorrer e a Justiça acatar os pedidos, eles se tornam réus em processos.