PF faz operação para prender suspeitos de ataques cibernéticos ao STF
Em maio, houve tentativa de invasão ao sistema do Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal passou a investigar o caso
atualizado
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (8/6), a Operação Leet para desarticular organização criminosa envolvida em ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Foram expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes cinco mandados de busca e três de prisão temporária em três estados: Goiás, São Paulo e Pernambuco. As prisões são todas em Pernambuco.
A PF está nas seguintes cidades: Itumbiara (GO), Bragança Paulista (SP), Belém do São Francisco (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Olinda (PE).
Segundo a PF, o termo leet, usado para nomear a operação e também conhecido como eleet ou leetspeak, é uma alternativa ao alfabeto inicialmente usado para o idioma inglês, empregado principalmente na internet. “É usado como um adjetivo para descrever proeza formidável ou realização, especialmente nas áreas de jogos on-line e em sua forma original, usada por hackers de computador”, diz a Polícia.
Ataque ao sistema do STF
Em maio deste ano, houve tentativa de invasão ao sistema da Corte. A partir de então, a PF passou a investigar o caso. De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, o acesso fora do padrão ao sistema do STF foi contido enquanto ainda estava em andamento, e somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas.
Para Moraes, a investida foi uma ameaça ao STF, e os fatos podem ser relacionados com a apuração em andamento nos inquéritos das Fake News e dos Atos Antidemocráticos.
No curso do inquérito policial, foram identificados os endereços de onde partiram os ataques. Com as medidas judicias cumpridas nesta terça, a PF busca identificar os demais integrantes e as circunstâncias dos atos criminosos praticados.