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Comércio de ouro ilegal em terra Yanomami é alvo de operação da PF

Segundo a PF, organização criminosa teria movimentado R$ 422 milhões no período de cinco anos com o garimpo ilegal na terra Yanomami

atualizado

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Foto: Divulgação/Polícia Federal/Arquivo
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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (14/2) em Boa Vista, capital de Roraima, a Operação Avis Aurea. O objetivo é investigar a atuação de uma organização criminosa, com células em pelo menos três estados, que estaria envolvida com a compra de ouro ilícito no estado, e inibir a atuação nas terras indígenas Yanomamis.

A organização teria movimentado R$ 422 milhões em cinco anos. Também são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e Goiás, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima.

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Ação em que a PF que apreendeu 111 kg de ouro em um avião em Goiânia
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Suspeitos presos pela PRF após serem abordados com R$ 4,6 milhões no MT

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Ação em que a PF que apreendeu 111 kg de ouro em um avião em Goiânia

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Uma das empresas suspeitas de participar do esquema já esteve envolvida em uma ação da PF que apreendeu 111 kg de ouro (imagem em destaque) em um avião em Goiânia, capital de Goiás.

As investigações tiveram início após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que apreendeu mais de R$ 4 milhões em espécie em um veículo no município de Cáceres, no Mato Grosso. Em inquérito policial, a PF identificou que os valores seriam apenas uma parcela, inserida em um contexto de sucessivas aquisições de ouro em Roraima.

Roraima é palco de um longo escândalo envolvendo garimpo ilegal, invasão em terras indígenas e abusos dos direitos humanos.

Parte da organização estaria baseada no estado e receberia valores de pessoas físicas e jurídicas de outros locais, com objetivo de adquirir ouro de garimpos ilegais. O dinheiro seria movimentado, principalmente, por via terrestre, saindo das regiões Sudeste e Centro-Oeste, com destino à Boa Vista, em viagens que poderiam demorar mais de uma semana.

Já para a saída do ouro de Roraima, o grupo contaria com o apoio de um funcionário de uma companhia aérea que auxiliaria o despacho do mineral. Entre os investigados, estão empresários, advogados e até um servidor público do município de Boa Vista.

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