PF encaminha à Justiça relatório final da 6ª fase da Operação Zelotes
Inquérito investiga um grupo empresarial do ramo de siderurgia suspeito de tentar sonegar R$ 1,5 bilhão
atualizado
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Menos de três meses depois da deflagração da 6ª fase da Operação Zelotes, a Polícia Federal encaminha na tarde desta sexta-feira (13/5), o relatório final do inquérito que investiga um grupo empresarial do ramo de siderurgia suspeito de tentar sonegar R$ 1,5 bilhão. No total foram indiciadas 19 pessoas, entre conselheiros e ex-conselheiros do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), advogados, e membros da diretoria responsável da empresa investigada por sonegação.
Ao longo da investigação, além do apoio de centenas de policiais no cumprimento de mandados judiciais nas diversas fases da Operação Zelotes, um total de sete policiais federais estiveram à disposição da investigação na Superintendência Polícia Federal no DF. Ao longo de 176 páginas, o relatório lista uma série de provas obtidas pelos Policiais Federais e indicia os investigados por Corrupção Ativa, Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro, Tráfico de Influência entre outros crimes.
Fartamente documentados, apenas os autos da 6ª fase da Operação Zelotes já possuem três volumes, além de um apenso. O indiciamento ágil por parte da Polícia Federal tem o objetivo de evitar a prescrição dos crimes e, assim, a impunidade. Para realizar este trabalho, desde o início, a Polícia Federal contou com o apoio da Receita Federal do Brasil, que, no âmbito de suas atribuições, participou da investigação.
Mesmo com envio do relatório à 10ª Vara da Justiça Federal no DF, segue a análise da vasta mídia apreendida durante as buscas, o que pode resultar em novos indiciamentos e dar início a outras investigações.
Entenda a 6ª fase da Operação Zelotes
Em 25 de fevereiro de 2015, policiais federais cumpriram, em 5 unidades da federação, medidas judiciais contra um dos grupos empresariais investigados pela Operação Zelotes, apenas o alvo das ações da 6ª fase foi recebeu autuações no valor total de R$ 1,5 Bilhão. Durante os trabalhos de investigação conduzidos pela Polícia Federal, foi constatada a existência de associação criminosa voltada a manipular e influenciar decisões do Conselho de Recursos Administrativos (CARF), por meio de corrupção de Conselheiros, em prol de empresas desfavorecidas em decisões administrativas condenatórias de instâncias inferiores.
O alvo desta fase de ações da PF, empresa siderúrgica brasileira que possui operações industriais em 14 países, celebrou contratos com escritórios de advocacia e de consultoria, os quais, por meio de seus sócios, agiram de maneira ilícita, manipulando o andamento, a distribuição e decisões do Conselho de Recursos Fiscais (CARF), visando obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobrança de tributos em seus processos.
Mesmo após a deflagração da Operação Zelotes, em 26 de março de 2015, informações produzidas pela Polícia Federal apontaram evidências da continuidade da prática dos crimes de Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Ativa e Passiva, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro por parte de uma estrutura criminosa complexa e composta por conselheiros e ex-conselheiros do CARF, advogados e a empresa siderúrgica alvo da ação.
Nesta fase foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de condução coercitiva, em Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife e duas oitivas autorizadas judicialmente, realizadas no Complexo da Papuda, em Brasília. Todas as medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da Justiça Federal no DF.
Informações da Assessoria de Comunicação da Polícia Federal