PF: coronel que ameaçou Rosa Weber será monitorado com tornozeleira
Militar da reserva deverá manter distância mínima de 5 quilômetros dos ministros do TSE, do Supremo e do ministro da Segurança Pública
atualizado
Compartilhar notícia
Após gravar vídeo com ameaças à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, o o coronel da reserva do Exército Antônio Carlos Alves Correia será monitorado por tornozeleira eletrônica. A informação foi confirmada pela Polícia Federal. A medida foi em cumprimento de decisão proferida pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Correia deve manter distância mínima de 5 quilômetros dos ministros do TSE, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. O militar está proibido de portar arma.
O investigado pode responder por difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. Na ação, agentes da Polícia Federal também apreenderam computadores e aparelhos celulares.
Em vídeo, o coronel da reserva chama a presidente do TSE de “corrupta” e “salafrária”.
“Olha aqui, Rosa Weber. Eu não tenho medo de você, nem de ninguém. Não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar [Jair] Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas”, avisa Correia em relação a uma ação que tramita no TSE para investigar o suposto disparo em massa de mensagens com notícias falsas contra o PT.
Dirigindo-se à ministra Rosa Weber, o militar da reserva prossegue: “Se você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro, nós vamos derrubar vocês aí, sim, porque aí acabou”. O autor do vídeo chamou o STF de tribunal de “canalhas” e “vagabundos”, e afirmou não aceitar um resultado que não seja a vitória do candidato do PSL.