Pazuello recusa cargo no Planalto e avalia tirar AGU da defesa na CPI
O ex-ministro tem um depoimento marcado para o próximo dia 19, no Senado, na comissão que avalia atuação frente à pandemia de Covid-19
atualizado
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O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação chegou a ser assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar. A informação é do jornal O Globo.
Na próxima semana, Pazuello deve decidir se seguirá representado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão no Senado. Com depoimento marcado para o próximo dia 19, o general avalia entregar a defesa ao advogado criminalista Zoser Hardman, que atuou como assessor jurídico na Saúde.
Os dois movimentos sinalizam a possibilidade de um afastamento do ex-ministro em relação ao governo. Uma das estratégias em avaliação por Pazuello é ingressar com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para não depor na CPI ou ter o direito de ficar em silêncio diante de algumas perguntas.
O argumento é que a comissão apura ações e omissões do governo federal na pandemia e, portanto, Pazuello depõe na condição de investigado e não como testemunha.
O depoimento do general foi remarcado após ele ter dito que manteve contato com duas pessoas contaminadas com Covid-19 — o general já contraiu a doença no ano passado.