Para Petroleiros, decisão favorável à Petrobras foi “intempestiva”
Dias Toffoli, presidente em exercício do STF, suspendeu determinação do TST que condenou estatal a pagar R$ 17 bilhões a trabalhador
atualizado
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Presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), principal entidade sindical representante dos empregados da Petrobras, Simão Zanardi, chamou de “intempestiva” a decisão do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, de suspender os efeitos do julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), responsável por condenar a Petrobras a pagar R$ 17 bilhões aos trabalhadores. A decisão do TST foi tomada no fim de julho deste ano.
“O acórdão do TST nem chegou a ser publicado e o STF já se posicionou. Acho estranho isso ocorrer justamente no dia em que a ministra Cármem Lúcia se ausentou do cargo de presidente do STF”, afirmou Zanardi.
Toffoli argumentou que “são notórios os efeitos econômicos que a implementação dessa decisão (condenação do TST) poderá acarretar aos cofres” da Petrobras. Segundo ele, embora o acórdão ainda não tenha sido publicado, a estatal é previamente prejudicada pela determinação.
“O STF já julgou situações similares a essa e se posicionou favoravelmente aos empregados. O que está em questão é a justiça e não o caixa da empresa. Esperamos o caminho seja o mesmo nesse processo”, disse Zanardi. De acordo com ele, a ação diz respeito a adicionais trabalhistas para os empregados responsáveis por atuar em áreas de risco, como plataformas e refinarias. Ao todo, segundo a FUP, 30 mil receberão o dinheiro, caso o STF se posicione favoravelmente aos funcionários.