Para Fux, atos contra o STF são “germe do terrorismo” e devem ser coibidos
O ministro do Supremo afirmou que essas manifestações são atentados à dignidade da Corte e também à democracia
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (17/06) que atos contra a Corte são “o germe inicial do terrorismo” e devem se coibidos. A fala foi dita durante julgamento da validade do inquérito das fake news, que apura notícias falsas contra os ministros.
“São atos gravíssimos de atentado à dignidade da Corte e à dignidade da democracia. E aqui não estamos julgando nada, só estamos aferindo fatos que se enquadram no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e são atos equiparados ao terrorismo. E a Constituição diz que um dos fundamentos da República é o repúdio ao terrorismo”, declarou, em tom elevado.
O plenário do STF retomou o julgamento que decidirá o destino do inquérito das fake news. Em 2019, o partido Rede afirmou que as investigações foram abertas de forma ilegal.
Contudo, neste ano, após o ministro Alexandre de Moraes autorizar uma operação da Polícia Federal contra aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a legenda mudou de opinião.
Até agora, 6 ministros votaram foram favoráveis à continuidade das investigações e formaram maioria da Corte pela constitucionalidade do inquérito: Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia.