metropoles.com

OAB-MT pede a Fux que abra sigilo da delação de Silval Barbosa

A ordem alega que parte do conteúdo dos depoimentos prestados pelo ex-governador de Mato Grosso foi vazada

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
silval-barbosa7
1 de 1 silval-barbosa7 - Foto: null

A Ordem dos Advogados do Brasil no Mato Grosso (OAB-MT) vai protocolar nesta sexta-feira (25/8) pedido junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para quebra do sigilo da delação premiada firmada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). As negociações foram feitas com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o termo foi homologado no último dia 9, pelo ministro Luiz Fux.

Nesta quinta-feira (24), o Jornal Nacional, da Rede Globo, divulgou imagens da farra da propina. As gravações foram feitas pelo então chefe de gabinete de Silval no governo (2010/2014), Silvio César.

Nelas, o prefeito de Cuiabá (MT), Emanuel Pinheiro (PMDB), aparece enfiando os maços de notas nos bolsos do paletó. Uma parte foi ao chão e ele, lépido, se agacha para juntar as cédulas espalhadas.

Além disso, no vídeo, o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), o da caixa de papelão, e o então deputado estadual Hermínio Barreto (PR) enfiam os maços na mala. Já a atual prefeita de Juara (MT), Luciane Bezerra (PSB), estufa a bolsa e o ex-deputado estadual Alexandre César (PT), sai com a mochila pesada.

A OAB-MT argumenta que, desde meados de abril, quando tiveram início as especulações sobre a possível delação de Silval, “uma série de informações publicadas pelo noticiário regional e nacional assola a sociedade mato-grossense de dúvidas”.

“O momento exige maturidade e serenidade. Todas as vezes que o Brasil precisou, a Ordem não se furtou e agora não será diferente, vamos continuar agindo em defesa da sociedade. Vivemos um deprimente momento de degradação moral”, declarou o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos.

No pedido, a OAB-MT visa “resguardar o interesse público diante da quantidade de citações mencionando políticos das mais diversas esferas, conselheiros do Tribunal de Contas do estado e empresários, conforme o que já foi divulgado pelos veículos de comunicação”.

Segundo Campos, a medida “atende à premissa da Ordem de observância intransigente da princípio da ampla defesa e contraditório”. “O levantamento do sigilo também evita vazamentos seletivos do conteúdo”, assinala.

“Defendemos a publicidade dos processos até para que os citados não sejam acusados, julgados e condenados pela opinião pública sem a chance de produzirem suas defesas”, pondera Leonardo Campos.

O presidente da OAB-MT diz que “compreende a necessidade de sigilo para assegurar as investigações, no entanto, diante do conteúdo que já se tornou público, a sociedade merece saber o que realmente aconteceu ou está acontecendo, não se podendo admitir que dúvidas pairem sobre agentes públicos”.

“Há que se ter sempre em mente os princípios constitucionais da publicidade e acesso à informação”, prega. Campos argumenta também que o acesso ao conteúdo não prejudica a investigação, pois vários trechos foram vazados, inclusive, com vídeos que merecem “uma análise séria por parte da sociedade”.

O presidente da OAB de Mato Grosso observa que em março do ano passado, o Conselho Federal da OAB foi ao STF pedir acesso ao conteúdo da delação do ex-senador Delcídio Amaral (PT-MT). Este ano, em maio, a Ordem também solicitou junto ao Supremo o levantamento do sigilo da colaboração premiada firmada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?