“Não teve maus-tratos”, diz suspeito de liderar grupo de hackers
Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, está preso desde a semana passada apontado por invadir celulares de autoridades brasileiras
atualizado
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Walter Delgatti Neto, suspeito de liderar o grupo que hackeou os celulares de autoridades públicas, entrou na sala de audiência da Justiça Federal em Brasília, pediu água e se sentou de costas para os jornalistas.
Nesta terça-feira (30/07/2019), ele detalhou como foi preso. Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, disse que não sofreu nenhum tipo de agressão psicológica ou física nem teve problemas com os policiais.
Segundo relatou, os policiais deram a ele oportunidade de entrar em contato com um advogado e fazer uma ligação. “Eles ofereceram diversas vezes, mas eu não quis”, contou ao juiz da 10ª Vara Federal, Vallisney de Oliveira.
O suspeito contou que está preso no mesmo espaço em que estão outros integrantes do grupo, mas não tem contato com os demais. “Não teve nenhum tipo de maus-tratos”, resumiu. Walter relatou que, na casa dele, foram apreendidos computadores e celulares.
Ao juiz, Vermelho admitiu usar remédios para depressão e hiperatividade. Questionado se houve algum tipo de “pressão psicológica”, ele respondeu apenas: “Não”. Até o momento, Walter prestou dois depoimentos à Polícia Federal.
Segundo ele, os policiais não pediram a senha dos celulares nem o obrigaram a prestar algum tipo de informação fora dos depoimentos.
O juiz da 10ª Vara Federal questionou sobre a renda de Delgatti. “Eu auxilio estudantes com trabalhos no computador”, destacou.
Além de Delgatti, prestaram depoimento nesta terça-feira Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.