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“Não paguei nem um real”, diz Bumlai sobre reforma no sítio de Atibaia

Pecuarista reafirmou a tese apresentada por outros delatores que o imóvel seria uma “surpresa” de Marisa Letícia para o ex-presidente

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GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO
GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO
1 de 1 GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO - Foto: GIULIANO GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO

O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira (14/11) que não pagou “nem um real” pela reforma do sítio Santa Bárbara, em Atibaia. Em depoimento à juíza federal Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro nas ações penais da Lava Jato em Curitiba, Bumlai reafirmou a tese apresentada por outros delatores que o sítio seria uma “surpresa” de Marisa para o ex-presidente.

Bumlai é réu por lavagem de dinheiro na Lava Jato e acusado de repassar R$ 150 mil em propina do Grupo Schain, por meio da reforma do sítio que posteriormente foi assumida pelas empreiteiras Odebrecht e OAS.

O pecuarista afirmou que ouviu sobre o sítio de Atibaia pela primeira vez durante um encontro com a família Lula e Jacob Bittar no Palácio da Alvorada, em agosto de 2010. À época, Bittar, amigo de Lula e fundador do PT, afirmou que “procurava na internet um sítio para comprar onde ele e a família do presidente pudessem desfrutar após saída (de Lula) da Presidência”.

“Ela (Marisa) me procurou e me perguntou se eu tinha pedreiros para arrumar um muro que estava por cair e algumas ampliações que ela queria fazer”, afirmou Bumlai. Segundo ele, a ex-primeira-dama, morta em fevereiro de 2017, queria expandir o sítio para abrigar o acervo presidencial de Lula e afirmou que obra seria “surpresa” para o presidente.

O pecuarista disse que agendou um encontro no sítio entre ele, Marisa Letícia, Fernando Bittar, filho de Jacob Bittar e proprietário formal do sítio, o engenheiro Reinaldo Bertin, sócio de Bumlai, e o engenheiro Emerson Cardoso Leite, que iria trabalhar na reforma. “Naquele momento não se discutiu pagamento nem custo, pois não sabia o que iria fazer. Se foi discutido depois, eu não participei”, afirmou. “Não paguei nem um real”, completou.

Bumlai afirmou à juíza Gabriela Hardt que não se envolveu mais na reforma do imóvel e que soube apenas que a obra mudaria de mãos após ligação de Rogério Aurélio, ex-assessor de Lula. “O Aurélio me ligou dizendo: O pessoal que você indicou, nós vamos estar dispensando. Vamos botar uma firma maior para fazer (a reforma), pois temos pressa”, relatou o pecuarista.

Demora na entrega
Na semana passada, o empresário da Odebrecht e delator Alexandrino Alencar afirmou que foi abordado por Marisa Letícia, que havia reclamado da demora na entrega do sítio por parte de Bumlai, prevista para até o fim do mandato de Lula, em dezembro de 2010.

O encontro entre os dois teria ocorrido na antessala da Presidência, no Palácio do Planalto, no início daquele mês e, poucos dias depois, a Odebrecht assumiria a reforma e entregaria o sítio em janeiro de 2011.

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