“Não cabe ao TSE resolver crise”, diz Gilmar sobre chapa Dilma/Temer
O início das audiências está previsto para 6 de junho. A ação foi proposta pelo PSDB contra a dupla vitoriosa na eleição de 2014
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta segunda-feira (29/5) que a Corte “não é instrumento para solução de crise política”. “Resolvam as suas crises”, declarou o magistrado, em Brasília, em referência às incertezas e ao impasse político que se agrava perto do julgamento histórico da Ação Judicial de Investigação Eleitoral pela cassação da chapa Dilma/Temer.
O ministro foi categórico. “Também não cabe ao TSE resolver crise política, isso é bom que se diga. O tribunal não é instrumento para solução de crise política”, salientou o magistrado, que destacou também que o julgamento “será jurídico e judicial”.
O início das audiências está previsto para 6 de junho. A ação foi proposta pelo PSDB contra a chapa vitoriosa em 2014. Mas, naturalmente, algum ministro poderá pedir vista dos autos e o julgamento acabaria adiado.“Com certeza vai ser um julgamento tranquilo”, avalia Gilmar. “É um julgamento complexo, é um processo complexo. Só o relatório do ministro Herman Benjamin tem mais de mil páginas. Portanto, isso exige de todos nós (ministros do TSE) um grande esforço.”
Na avaliação do presidente do TSE, “há muita especulação na mídia sobre pedido de vista ou não pedido de vista”. “Se houver pedido de vista é algo absolutamente normal. Ninguém fará combinação com este ou aquele intuito.”
“Então não venham para o tribunal dizer ‘ah vocês devem resolver uma crise que nós criamos’. Resolvam as suas crises.”