Músico preso em blitz dividiu cela com detentos perigosos: “Horrível”
“Senti tudo: medo, dor, sei lá, eu tava muito nervoso”, contou o músico negro, que não tem antecedentes criminais
atualizado
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O músico Luiz Carlos da Costa Justino, solto após ficar cinco dias presos supostamente por engano, disse ter divido a cela com vário detentos perigosos, como estupradores e assassinos.
“Horrível, horrível. Senti tudo: medo, dor, sei lá, eu tava muito nervoso. Eu fui pro ‘seguro’. Lá onde estão estuprador, quem já matou, quem já fez tudo”, disse o músico, segundo o portal G1.
“Você vai ficar como pra dormir?”, questionou Justino, que é negro e não tem antecedentes criminais. Ele foi preso na quarta-feira (2/9) durante uma blitz em Niterói (RJ).
O jovem voltou para casa ao lado da esposa e da filha de 3 anos após passar a noite desse domingo (6/9) no Complexo Penitenciário de Guaxidiba, em São Gonçalo (RJ).
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) autorizou, nesse sábado (6/9), a soltura do músico. O juiz questionou o reconhecimento fotográfico feito pela polícia para basear o mandado de prisão.
Justino é acusado de participar de um assalto à mão armada em 2017. No entanto, a família defende que, no horário do crime, o músico se apresentava em uma padaria, a 7 km de distância.