MPGO denuncia máfia por fraude em concurso para delegado de Goiás
Ao todo, 26 pessoas foram denunciadas, entre elas, três pessoas que agiam também no Distrito Federal e 16 candidatos
atualizado
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O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) denunciou à Justiça 26 pessoas acusadas de participar da Máfia dos Concursos que atuava também no Distrito Federal. O órgão pede a condenação do grupo por organização criminosa, fraude em certame de interesse público, corrupção ativa e passiva.
A denúncia é relacionada especificamente ao concurso para delegado da Polícia Civil do estado, realizado em março deste ano. Três dos 26 citados na denúncia respondem a processo no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) por suposta participação na máfia. São eles: Helio Ortiz, preso na primeira fase da Operação Panoptes da Polícia Civil do DF, em agosto deste ano; o ex-funcionário do Cebraspe (da UnB) Ricardo Silva do Nascimento; e Weverson Vinícius da Silva. Os dois últimos foram detidos na segunda fase da operação.
A lista de denunciados conta ainda com outras sete pessoas acusadas de arquitetar a fraude no concurso e 16 candidatos que teriam se beneficiado do esquema criminoso.Segundo o MPGO, assim que o edital do concurso para delegado da Polícia Civil foi divulgado, a organização começou a se articular. As investigações apontaram que a quadrilha era bem organizada e se dividia para aliciar candidatos interessados em pagar pela aprovação.
Weverson Vinícius da Silva é apontado como uma das figuras centrais do grupo, por ter contato direto com o ex-funcionário do Cebraspe Ricardo Silva do Nascimento (foto em destaque). Segundo o MP, Nascimento atuava como chefe na seção de Supervisão de Organização de Material (SOM) da banca e seria o responsável por repassar as provas para os outros integrantes do esquema.
De acordo com o Ministério Público, Weverson da Silva também era próximo de Helio Garcia Ortiz, acusado de liderar a Máfia dos Concursos no DF e captar candidatos dispostos a participar da fraude.
Panoptes
O concurso para delegado da Polícia Civil de Goiás foi apenas um dos alvos da organização criminonosa. O grupo é acusado de fraudar outros concursos país afora e cobrar até R$ 200 mil por uma vaga. Se o nome constasse entre as primeiras colocações na divulgação do resultado, os aprovados desembolsavam até 20 vezes mais para concretizar o negócio.
Em setembro, o Ministério Público do DF e Territórios denunciou os quatro detidos durante a primeira fase da operação: Helio Ortiz, o filho Bruno Ortiz, Rafael Rodrigues da Silva e Johann Gutemberg dos Santos. Já no último dia 22, a Promotoria de Justiça de Águas Claras apresentou ação criminal contra outros oito detidos na segunda fase.
Confira os denunciados pelo MP-GO
Weverson Vinícius da Silva, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Ricardo Silva do Nascimento, pela prática dos crimes organização criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.
Helio Garcia Ortiz, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Ronaldo Rabelo de Souza, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Gabriel Ribeiro de Araújo, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Antônio Carlos da Silva Francisco, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Pedro Márcio Mundim de Siqueira, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
José Rosa Júnior, pela prática do crime de organização criminosa.
José Augusto Moreira dos Anjos, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Roberto Moreira dos Anjos Neto, pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude em certame público e corrupção ativa.
Candidatos beneficiados pelo esquema, segundo o MP:
Hélio Pedro Carvalho Filho, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Magno Marra Mendes, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Fábio Alves de Oliveira, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Godric Gonçalves Gomes Lima, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Tasso Mendonça de Siqueira, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Golbery Gonçalves Gomes Lima, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Armando Colodeto Júnior, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Ailton Rodrigues Moreira Júnior, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Flávio de Souza Carneiro, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Suzane Fonseca dos Santos, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Simone Marques Rassi Porfírio, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Fábio Júnior das Neves, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
José Deusimar Jorge de Oliveira, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Bianca Soares de Oliveira e Oliveira, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Diego Vieira da Silva, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.
Marcos Antônio Souza Vieira, pela prática dos crimes de fraude em certame público e corrupção ativa.