MPF nega fechamento de inquérito contra Mautoni e Marcondes na Zelotes
De acordo com a defesa, que pediu o trancamento de um dos inquéritos, haveria duas ações em curso com o mesmo objetivo de investigação. No entanto, o órgão afirma que o segundo inquérito tem como função aprofundar as investigações do primeiro
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) defendeu nesta sexta-feira (5/1), a existência de um segundo inquérito já em curso nas investigações sobre suposto envolvimento de Cristina Mautoni e Mauro Marcondes, presos no âmbito da Operação Zelotes, que investiga suposto esquema de compras de medidas provisórias que teria beneficiado o setor automotivo.
De acordo com a defesa, que pediu o trancamento de um dos inquéritos, haveria dois inquéritos em curso com o mesmo objetivo de investigação. No entendimento do MPF, entretanto, o segundo inquérito tem como função aprofundar as investigações do primeiro, que trata da corrupção de agentes públicos durante a edição da medida provisória que teria trazido benefícios fiscais a montadoras de veículos.
“Há proximidade, continuidade até, mas não repetição”, alegou o procurador Marcelo Ribeiro de Oliveira. De acordo com ele, a medida era necessária para garantir o prosseguimento das investigações. “Não há que se falar em duplicidade de investigações, uma vez que a instauração do presente inquérito deu-se de forma complementar e figurava como a única medida possível à continuidade das investigações”, explicou.
Cristina Mautoni foi presa pela Polícia Federal no fim de janeiro, acusada de integrar esquema de compra de medidas provisórias no governo federal. Ela é esposa e sócia do lobista Mauro Marcondes Machado, também preso preventivamente em Brasília, por suspeita de operar o suposto pagamento de propinas a agentes públicos para viabilizar medidas provisórias.