metropoles.com

MPF louva ação do Magalu e diz que racismo reverso é “falácia retórica”

Em nota pública, MPF elogiou as ações afirmativas para a inclusão de negros no mercado de trabalho desenvolvidas pela empresa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
trajano
1 de 1 trajano - Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma nota pública nesta sexta-feira (9/10) na qual destaca ser “louvável e incensurável” as ações afirmativas adotadas pelo grupo empresarial Magazine Luiza. Recentemente, a empresa abriu um processo de seleção de trainees exclusivamente para pessoas negras e pardas, como forma de promover um ambiente mais igualitário em seus quadros.

A ação foi alvo de críticas nas redes, inclusive de membros do governo que a classificaram como “racismo reverso”, ou seja, uma forma de discriminação contra pessoas brancas. Um dos mais críticos nas redes sociais foi o presidente da Fundação Zumbi dos Palmares, Sérgio Camargo.

De acordo com a nota, “atuações voltadas à concretização de objetivos e valores relativos à efetivação e à materialização do princípio da igualdade, basilar de nossa sociedade, encontram amparo legal e constitucional no ordenamento jurídico brasileiro, e devem ser replicadas”.

A nota pública é assinada pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, e pelo procurador da República Marco Antonio Delfino, que coordenador do grupo de trabalho (GT) Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, que atua no âmbito da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão.

4 imagens
Programa de trainee do Magalu tem apoio de movimentos negros
Sérgio Camargo. presidente da Fundação Palmares
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo
1 de 4

A dona da varejista Magazine Luiza, Luiza Trajano, entrou para o ranking de bilionários brasileiros

Divulgação
2 de 4

Programa de trainee do Magalu tem apoio de movimentos negros

Reprodução
3 de 4

Sérgio Camargo. presidente da Fundação Palmares

Reprodução/Twitter
4 de 4

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo

Reprodução/Facebook

Segundo o documento, para enfrentar um cenário de ausência de pessoas negras e pardas nos postos de comando é preciso estimular “a presença delas nos espaços de formação superior e de decisão”.

A nota técnica destaca ainda que não existe amparo para qualquer afirmação no sentido de que tal programa promove “racismo reverso”, “que se constitui uma falácia retórica para encobrir o privilégio que contempla, historicamente, as parcelas hegemônica da sociedade brasileira; esse argumento enganoso busca enfraquecer a evidência do racismo estrutural”.

Confira a íntegra da nota divulgada pelo MPF:

Nota Pública – MPF by Metropoles on Scribd

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?