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MPF-DF denuncia advogado por crime de exploração de prestígio

Ação penal é resultado de investigações no âmbito da Operação Mercador de Fumaça, deflagrada em 2017

atualizado

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1 de 1 MPF-DF - Foto: MPF-DF/Divulgação

O Ministério Público Federal no Distrito Federal denunciou, nessa terça-feira (19/3), o advogado Antônio Amauri Malaquias de Pinho por exercer tráfico de influência em decisões que seriam proferidas no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação penal é resultado de investigações no âmbito da Operação Mercador de Fumaça, deflagrada em 2017.

As investigações apontaram que o acusado negociou valores a pretexto de influir em decisões nos tribunais superiores que garantiriam a recondução de um prefeito então afastado de seu cargo pela Justiça estadual.

No documento, o MPF relata que Antônio Amauri solicitou o pagamento de R$ 800 mil para garantir provimento de recurso no STJ. A manobra seria realizada em favor de seu pretenso cliente, o ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP), Acir Filló dos Santos.

No entanto, o recurso apresentado pelo político foi indeferido. Com a remessa do processo ao STF, desta vez, Amauri pediu R$ 2 milhões para assegurar que a decisão daquele tribunal seria favorável à recondução do político.

Mercador de Fumaça
As investigações revelaram conversas sobre as negociações via WhatsApp entre o advogado e o ex-prefeito. A peça reforça as acusações apresentando “prints” do aplicativo que foram entregues por Acir dos Santos. Em um dos trechos Antônio Amauri diz: “O pessoal garantiu o resultado, data…td certo (…)”. A propriedade do número de telefone citado foi comprovada pela Polícia Federal.

O nome dado à operação – Mercador de Fumaça – faz alusão ao fato de que o acusado “vendia fumaça”, ou seja, uma influência não comprovada. A ação destaca ainda que essa não é a primeira vez que o acusado é processado por tráfico de influência, “reforçando a percepção de que o ora denunciado é um contumaz praticante do crime de exploração de prestígio”. Em 2014, o advogado chegou a ser condenado pela prática criminosa. (Com informações do MPF-DF)

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