MPF abre investigação sobre vazamento da Polícia Federal a Flávio Bolsonaro
Apuração foi aberta após empresário Paulo Marinho denunciar favorecimento ao senador, seu ex-aliado, na operação Furna da Onça
atualizado
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A denúncia de supostos vazamentos de informações da Polícia Federal na Operação Furna da Onça ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro serã investigada pelo Ministério Público Federal, segundo decisão tomada nesta segunda-feira (18/05). São informações do Estadão.
O ex-empresário Paulo Marinho revelou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que um delegado da PF do Rio de Janeiro informou à equipe de Flávio que a Furna da Onça chegaria ao ao assessor Fabrício Queiroz e sua filha, Nathália, que trabalhava no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, em Brasília.
O delegado teria sugerido que ambos fossem demitidos e disse que seguraria a operação para depois do segundo turno das eleições presidenciais. A Furna da Onça foi deflagrada uma semana depois do pleito, em novembro de 2018.
Segundo o procurador da República Eduardo Benones, “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória” em relação a vazamentos da operação. Uma das primeiras medidas será ouvir, em depoimento, Paulo Marinho.
“As investigações do controle externo visam descobrir se policiais federais vazaram informações sigilosas para privilegiar quem quer que seja. Caso fique comprovado qualquer vazamento, mesmo uma simples informações, os policiais responsáveis podem ser presos e até perder o cargo por improbidade”, afirma Benones, que atua como coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.
Relatório do Coaf
A Furna da Onça foi deflagrada em novembro de 2018 e levou à produção do relatório do Coaf relevado pelo Estadão que chegou ao ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz.
A Procuradoria também pediu o desarquivamento do inquérito policial da própria PF, conduzido após suspeitas de vazamentos ainda em 2018.