metropoles.com

MP-SP detalha denúncia contra o ex-presidente Lula

A investigação está relacionada aos empreendimentos da cooperativa habitacional dos bancários, Bancoop, que foram transferidos para a OAS – empresa também investigada na Lava Jato

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
josé carlos blat
1 de 1 josé carlos blat - Foto: Reprodução

Em coletiva de imprensa, o Ministério Público de São Paulo detalhe a denúncia de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua mulher Marisa Letícia por conta do caso do triplex no Guarujá.

De acordo com o promotor José Carlos Blat, a investigação está relacionada aos empreendimentos da cooperativa habitacional dos bancários, Bancoop, que foram transferidos para a OAS – empresa também investigada na Lava Jato. “Deve ficar claro que a nossa investigação não tem qualquer relação com a operação conduzida pelo ministério Público Federal”, diz.

Outro promotor do caso, Cassio Conserino, explica que o caso do triplex foi dividido entre as duas investigações. O apartamento diz respeito ao processo promovido pelo estado de São Paulo, mas o que for encontrado dentro dele (como as reformas, por exemplo) e o sítio de Atibaia fazem parte da Lava Jato.

Ambos afirmam que a investigação estadual não tem qualquer envolvimento político. ” O nosso calendário é judicial”, diz o promotor.

Mistério
O promotor Cássio Conserino se recusou a falar se foi requerida a prisão preventiva de Lula. “Só vamos falar sobre a denúncia”, disse durante entrevista coletiva. Questionado se houve algum pedido à Justiça criminal para medida cautelar, o promotor insistiu. “Só vamos falar sobre a denúncia ”

Na denúncia apresentada nesta quarta-feira, 9, são acusados 16 investigados pela Promotoria paulista. Além de Lula, são denunciados a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho mais velho do casal Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais 13 investigados. Na lista estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empresário Léo Pinheiro, da empreiteira OAS, amigo de Lula, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).

A Promotoria sustenta que o petista cometeu os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao supostamente ocultar a propriedade do imóvel – oficialmente registrado em nome da OAS.

A acusação tem base em longa investigação realizada pelos promotores Cássio Conserino e José Carlos Blat. O promotor afirma ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tríplex, o que, segundo ele, caracteriza lavagem de dinheiro.

A investigação mostrou que a empreiteira OAS bancou uma reforma sofisticada do apartamento, ao custo de R$ 777 mil. Segundo o engenheiro Armando Dagre, sócio-administrador da Talento Construtora, contratada pela OAS, os trabalhos foram realizados entre abril e setembro de 2014.

Em 2006, quando se reelegeu presidente, Lula declarou à Justiça eleitoral possuir uma participação em cooperativa habitacional no valor de R$ 47 mil. A cooperativa é a Bancoop que, com graves problemas de caixa, repassou o empreendimento para a OAS.

Lula apresentou sua defesa por escrito no inquérito da Promotoria. O petista afirma que não é o dono do tríplex. Com informações da Agência Estado

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?