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MP espera explicações de Flávio Bolsonaro sobre caso Coaf nesta quinta

Senador eleito deve depor sobre movimentações financeiras atípicas detectadas em uma conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz

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FABRICIO QUEIROZ E FLAVIO BOLSONARO
1 de 1 FABRICIO QUEIROZ E FLAVIO BOLSONARO - Foto: Reprodução/Facebook

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) espera o senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL), nesta quinta-feira (10/1) para depor sobre movimentações financeiras atípicas detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em uma conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Porém, nem a sua assessoria nem a do órgão confirmam se o filho do presidente da República realmente vai comparecer. Por prerrogativa parlamentar, Flávio pode escolher dia, hora e local para depor. Ele não é obrigado a ir.

Questionada nesta quarta-feira (9) se o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) irá ao MP, a assessoria do parlamentar respondeu apenas que “o senador não vai dar esse tipo de informação à imprensa”.

No dia 11 dezembro, Flávio havia emitido uma nota afirmando que “seguia à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, se instado for, no citado assunto”. Ele tem reiterado não ter feito nada de errado, no caso.

Na última terça-feira (8), as filhas e a mulher de Queiroz faltaram ao depoimento que iriam prestar ao Ministério Público. O ex-funcionário, apontado num relatório do Coaf devido a movimentações atípicas em sua conta, também faltou duas vezes a depoimentos alegando questões de saúde.

Queiroz disse ao Estado que esclarecerá “em breve” o assunto, mas não disse quando daria as explicações. Reclamou de, em suas palavras, ter sido tratado como “o pior bandido do mundo”. Em entrevista ao SBT, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse que o dinheiro tinha por origem venda de carros usados que costumava realizar.

A investigação
Segundo o Coaf, o então assessor de Flávio movimentou em uma conta bancária R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. Da mesma conta saíram R$ 24 mil depositados em nome da primeira-dama, Michele Bolsonaro: o presidente disse se tratar do pagamento de um empréstimo pessoal que ele fez para o ex-funcionário do filho, que também é amigo da família.

Também foram citados depósitos na conta do ex-assessor feitos por suas filhas, Nathalia e Evelyn Melo de Queiroz, e pela mulher de Queiroz, Marcia Oliveira de Aguiar, que também prestaram serviço no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Outros funcionários do gabinete fizeram o mesmo – segundo o Coaf, os depósitos ocorriam sempre em datas próximas ao dia de pagamento na Alerj.

Nathalia, que é personal trainer, também já foi lotada no gabinete do presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, onde estava até o mês de novembro. Em outubro, Queiroz foi desligado do gabinete de Flávio Bolsonaro.

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