MP: agressor de Bolsonaro pode ser condenado, mas com pena menor
Adélio Bispo, responsável por dar uma facada no abdômen do presidente, tem laudos que comprovariam transtornos mentais
atualizado
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O Ministério Público Federal em Juiz de Fora (MG) concluiu que Adélio Bispo, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL), é semi-imputável. Ou seja, para o MP, o denunciado pode ser enquadrado criminalmente, mas com redução de pena devido a transtornos mentais apontados em laudos médicos. As informações são da TV Globo.
O responsável pela conclusão é o procurador do Ministério Público Federal em Juiz de Fora (MG) Marcelo Medina, que enviou o parecer nesta terça-feira (9) para a Justiça Federal.
O documento segue em sigilo e o procurador não se pronunciou sobre a ação. A TV Globo apurou que o parecer levou em conta sete laudos e pareceres sobre a saúde mental de Adélio. As conclusões apontadas pela promotoria vão embasar a decisão judicial sobre a possível punição do agressor de Bolsonaro.
Laudos
Já são três laudos feitos em favor de Adélio Bispo durante a investigação. O primeiro atestou transtorno delirante grave; já outros dois laudos, feitos juntos, concluíram que Adélio tem “transtorno delirante permanente paranoide”, e que, por isso, não pode ser punido criminalmente.
O caso
Durante a campanha presidencial de Bolsonaro, Bispo o atingiu com uma facada no abdômen, em setembro de 2018. Bolsonaro precisou passar por três cirurgias em decorrência do ataque, sendo a última em janeiro deste ano.