Moro nega pedido de Lula para gravar audiência e barra celulares
Apesar disso, o magistrado comunicou que ocorrerá, nesta quarta (10/5), durante depoimento do petista, filmagem de ângulo mais amplo
atualizado
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O juiz federal Sérgio Moro negou, nesta segunda-feira (8/5), o pedido dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para filmar o depoimento do petista, marcado para esta quarta-feira (10), em Curitiba. Apesar disso, o magistrado comunicou que ocorrerá uma “gravação adicional”, de ângulo mais amplo da sala de audiência.
Lula será interrogado por Moro na ação penal em que é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro — caso do triplex do Guarujá. Será o primeiro encontro, frente a frente, do juiz e seu réu mais famoso.
No depoimento de quarta, “será mantida a forma de gravação atual dos depoimentos, focada a câmara no depoente”. “Pois é o depoimento a prova a ser analisada, e fica vedada a gravação em áudio e vídeo autônoma pretendida pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva”, argumentou.
O juiz salienta que “não há qualquer intenção de prejudicar o acusado ou sugerir a sua culpa com esse foco. Tanto assim que o depoimento das testemunhas, que não sofrem qualquer acusação, é registrado da mesma forma”.
Moro ressalta também que o formato da gravação é um “procedimento de toda a Justiça Federal da 4ª Região, de gravar os depoimentos com o foco no depoente”.
Gravação
A defesa do ex-presidente havia informado a Moro que gravaria o interrogatório do petista “por meio de áudio e vídeo, à luz do princípio da publicidade e da ampla defesa”. Os depoimentos de testemunhas e réus da Operação Lava Jato são gravados pela própria Justiça Federal e anexados aos processos ao fim das audiências.