Moro mantém Bendine na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR)
O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras está preso desde 27 de julho, suspeito de recebimento de R$ 3 milhões em propina
atualizado
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O juiz federal Sérgio Moro suspendeu, nesta terça-feira (8/8), a transferência do o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, que está detido. O ex-dirigente havia deixado a carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato, e ido para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana da capital paranaense.
A decisão de Moro atende a um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que alegou necessidade de “melhor avaliar as condições de visitação daquela unidade, bem como a real situação de sua família”, como anotou o procurador Athayde Ribeiro Costa.
A defesa de Bendine pediu a reconsideração da ordem de transferência do investigado. Nesta segunda-feira (7), o Ministério Público Federal solicitou ao juiz que suspendesse a transferência, solicitada pela PF.
“Diante do consenso entre as partes, suspendo a transferência de Aldemir Bendine da carceragem da Polícia Federal para o Complexo Médico Penal”, decidiu Moro.
Defesa
Os advogados Pierpaolo Cruz Bottini e Cláudia Vara San Juan Araujo, que defendem o ex-presidente da Petrobras, haviam relatado que Bendine “tem uma filha que possui desordens psiquiátricas e que tem, como principal referência afetiva o pai”, e que a transferência do preso poderia causar problemas à menina.