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Moro condena Palocci a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem

Ex-ministro foi preso na 35ª fase da Lava Jato, batizada de Omertà e deflagrada em 26 de setembro do ano passado. Ele cumpre pena no Paraná

atualizado

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José Cruz/ABr
Antonio Palocci
1 de 1 Antonio Palocci - Foto: José Cruz/ABr

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil e Fazenda) a 12 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele está detido desde setembro do ano passado. A sentença é desta segunda-feira (26/6).

Há outros 13 réus no mesmo processo. Entre eles, o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, e o empresário Marcelo Odebrecht. Eles respondiam por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Moro também confiscou R$ 10,2 milhões das contas pessoais e das empresas de Palocci. O valor equivale às propinas que o ex-ministro teria autorizado aos marqueteiros petistas João Santana e Mônica Moura em 2013.

A ação penal investiga se Palocci recebeu propina para agir em favor do Grupo Odebrecht, de 2006 a 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal. Ele é acusado de intermediar valores pagos pela empreiteira ao PT. Ex-executivos da construtora relataram que o codinome “Italiano”, que consta de uma planilha ao lado de altas quantias, se referia a Palocci. O esquema teria movimentado ao menos US$ 10 milhões.

O ex-ministro, no entanto, nega o apelido. Nas alegações finais, os advogados de Palocci indicaram inconsistências nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht e solicitaram a absolvição do ex-ministro. O MPF, por sua vez, reforçou o pedido de condenação de Palocci e dos outros réus.

Prisão
Palocci foi preso na 35ª fase da Lava Jato, batizada de Omertà e deflagrada em 26 de setembro do ano passado. Ele cumpre pena no Paraná. O petista foi denunciado uma vez por corrupção passiva e 19 vezes por lavagem de dinheiro.

No mesmo processo, também foram condenados:

Marcelo Odebrecht: corrupção ativa e lavagem de dinheiro
Eduardo Costa Vaz Musa: corrupção passiva
José Carlos de Medeiros Ferraz: corrupção passiva
João Vaccari Neto: corrupção passiva
Renato de Souza Duque: corrupção passiva
Hilberto Mascarenhas: lavagem de dinheiro
Fernando Migliaccio da Silva: lavagem de dinheiro
Luiz Eduardo da Rocha Soares: lavagem de dinheiro
Olívio Rodrigues Júnior: lavagem de dinheiro
Marcelo Rodrigues: lavagem de dinheiro
João Santana: lavagem de dinheiro
Mônica Moura: lavagem de dinheiro

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