Moraes nega tirar tornozeleira de investigado por atos antidemocráticos
O ministro do STF afirmou ser preciso restringir a atuação do grupo extremista que atua contra a Corte e o Congresso Nacional
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a retirada de tornozeleira eletrônica de Daniel Miguel, investigado no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos contra a Corte. A informação é do portal G1.
Miguel é apontado como integrante de um dos grupos extremistas investigados por suposta atuação contra o STF e o Congresso Nacional. Ele chegou a ter a prisão temporária decretada pelo STF.
Ao tribunal, a defesa de Miguel argumentou que outros investigados no inquérito estão sem monitoramento eletrônico, que ele precisa trabalhar e que seu trabalho requer atuação além dos limites do Distrito Federal, com viagens para São Paulo, São Caetano do Sul e Curitiba.
Em sua decisão do dia 3 de agosto, Moraes afirmou que não há elementos que permitam a retirada da medida cautelar.
“Não há nos autos comprovação de que o requerente exerça atividade profissional que requeira sua atuação além dos limites do Distrito Federal, nem qualquer mudança no quadro que ensejou a aplicação das referidas medidas cautelares”, escreveu o ministro.
Ao determinar medidas cautelares, como monitoramento e proibição de comunicação com outros investigados, o ministro do STF afirmou ser preciso restringir a atuação do grupo para preservar o andamento da investigação.