Moraes diz que agir contra democracia é “crime de responsabilidade”
Futuro presidente do TSE acompanhou o ministro Luís Roberto Barroso, rebateu as falas de Bolsonaro e garantiu “liberdade e sigilo do voto”
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou-se, nesta sexta-feira (9/7), após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, criticar as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre “fraude nas eleições”. Segundo Barroso, atuar para “impedir” o pleito eleitoral é crime de responsabilidade.
Moraes acompanhou seu colega do STF. “Não serão admitidos atos contra a democracia”, declarou o futuro presidente do TSE referindo-se às eleições de 2022.
O magistrado afirmou que as instituições vão garantir “a liberdade e o sigilo do voto” no pleito do ano que vem. A declaração ocorre após diversas falas de Bolsonaro a favor do voto impresso e contra o sistema de votação atual. O chefe do Executivo também acusou Barroso de querer cometer fraude por “interesses pessoais”.
“Os brasileiros podem confiar nas Instituições, na certeza de que, soberanamente, escolherão seus dirigentes nas eleições de 2022, com liberdade e sigilo do voto”, escreveu Moraes no Twitter.
Os brasileiros podem confiar nas Instituições, na certeza de que, soberanamente, escolherão seus dirigentes nas eleições de 2022, com liberdade e sigilo do voto. Não serão admitidos atos contra a Democracia e o Estado de Direito, por configurar crimes comum e de responsabilidade.
— Alexandre de Moraes (@alexandre) July 9, 2021
TSE
Mais cedo, em nota, Barroso esclareceu que, desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996, “jamais se documentou qualquer episódio de fraude”, e que, nesse sistema, foram eleitos os presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.
“Como se constata singelamente, o sistema não só é íntegro como permitiu a alternância no poder”, diz trecho da nota.