Moraes dá mais 90 dias a inquérito de Bolsonaro sobre interferência na PF
Medida foi tomada devido à proximidade do recesso de final de ano da Corte. Prazo começará a ser contado a partir de 27 de janeiro
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito que investiga suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. O magistrado já havia pedido a prorrogação por 60 dias, na qual o prazo se encerraria em 27 de janeiro.
A medida foi tomada devido ao recesso de final de ano. “Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, a partir do encerramento do julgamento do agravo regimental iniciado pelo plenário em 08/10/2020, bem como a proximidade do recesso, (…) prorrogo por mais 90 dias, contados a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro), o presente inquérito”, diz o despacho.
O inquérito contra Bolsonaro no STF é resultado das declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando deixou o governo. À ocasião, o ex-juiz da Operação Lava Jato afirmou que o presidente teria tentado interferir no comando da PF e que isso foi um dos principais motivos para o seu pedido de demissão.
Na semana passada, Moraes já havia negado uma solicitação de Bolsonaro para não depor no inquérito. Em decisão do dia 7, o ministro decidiu que caberá ao plenário do STF definir como será o depoimento do presidente, se presencial ou por escrito.