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Moraes bloqueia “vaquinha” de coalizão cristã que organiza ato de 7 de setembro

“São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão”, afirmou a PGR, ao pedir mandados de busca e apreensão

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Sabatina Alexandre de Moraes no Senado Federal – Brasília(DF), 21/02/2017
1 de 1 Sabatina Alexandre de Moraes no Senado Federal – Brasília(DF), 21/02/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A pedido da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Banco Central bloqueie uma conta vinculada ao ato contra a democracia marcado para o próximo dia 7 de setembro.

O cantor Sérgio Reis, o caminhoneiro Zé Trovão, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e outros oito investigados foram alvos, nesta sexta-feira (20/8), de mandados de busca e apreensão.

“[Determino] a expedição de ofício ao Banco Central para o bloqueio da chave PIX 7desetembro@portalbrasillivre.com, bem como da conta a qual a referida chave se encontra vinculada, nos termos requeridos pela Procuradoria Geral da República, com envio a esta Corte, no prazo de 24 horas, das informações pertinentes”, assinalou Moraes.

A chave foi divulgada no site Brasil Livre, que diz ser um espaço de “reflexão e ação da direita conservadora na internet”.

Boletim 01 Movimento 7 de Setembro by Tacio Lorran Silva on Scribd

O dinheiro cai na conta da Coalização Pro-Civilização Cristã. “São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão, possivelmente patrocinada por Antonio Galvan e amplamente divulgada por Wellington Macedo e por sua Marcha para a Família”, assinalou a PGR, segundo a decisão de Alexandre de Moraes.

O presidente da coalização, Alexandre Urbano Raitz Petersen, também foi alvo da ação desta sexta-feira e não poderá, inclusive, se aproximar da Praça dos Três Poderes, de ministros do STF e de senadores.

Segundo o Brasil Livre, o ato de 7 de setembro é organizado pela Associação Brasileira dos Patriotas (Abrapa) e pela Coalizão da Direita Conservadora (Codac), “grupos apartidários de organização da sociedade civil”. Eles pedem o impeachment, destituição e/ou exoneração dos ministros da Suprema Corte e voto impresso “auditável”.

Para isso, organizam um acampamento em Brasília e paralisação dos caminhoneiros para “exigir o cumprimento das pautas”.

Além de Sérgio Reis, Otoni de Paula e Zé Trovão, foram alvos da ação Eduardo Oliveira Araújo, Wellington Macedo de Souza, Antônio Galvan, Alexandre Urbano Raitz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.

Moraes também determinou a expedição de ofícios ao Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, para que as redes sociais bloqueiem os perfis dos investigados.

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