Moraes atendeu a pedido de Randolfe em operação contra empresários
Medida provocou reação de apoiadores do presidente. Eduardo Bolsonaro afirmou que o “tiro vai sair pela culatra (de novo)”
atualizado
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Partiu do líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o pedido para quebra de sigilo bancário de bloqueio de contas de empresários bolsonaristas, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso foi antecipado pelo colunista Guilherme Amado.
Reportagem do Metrópoles mostrou que os empresários defensores do presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestaram de maneira favorável à um golpe de Estado em caso de uma eventual eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diante disso, o senador, que atua na coordenação de campanha de Lula, requisitou a adoção de medidas em petição encaminhada à Corte, no último dia 17.
“Dessa forma, requer-se que sejam apurados os fatos noticiados no dia de hoje, 17 de agosto, na coluna de Guilherme Amado, com a imediata remessa ao Ministério Público e à Polícia Federal para a tomada de depoimento dos envolvidos, a quebra dos sigilos, o bloqueio de contas e as necessárias prisões preventivas”, sustentou o parlamentar no pedido.
O senador ainda defendeu a prisão preventiva dos envolvidos, que não ocorreram. Na ocasião, a Polícia Federal (PF) manifestou-se apenas pela “busca e apreensão de aparelhos celulares” dos denunciados.
O pedido de Moraes provocou reação entre apoiadores do presidente.
Nesta manhã, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a conduta do ministro do STF e disse que o magistrado busca “devassar a vida de pessoas inocentes e trabalhadores apenas porque apoiam Bolsonaro”. “O tiro vai sair pela culatra (de novo)”, enfatiza, em publicação nas redes sociais.