Moraes a Fachin: inquérito das fake news é “claro e específico”
Em manifestação, o ministro também negou que tenha havido censura na decisão em que determinou a remoção de reportagens publicadas
atualizado
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes defendeu o inquérito instaurado pela própria Corte para apurar ameaças, ofensas e a disseminação de notícias falsas contra os magistrados e seus familiares.
Em manifestação de três páginas, o ministro também negou que tenha havido censura na decisão em que determinou a remoção de reportagens publicadas na revista digital Crusoé e no site O Antagonista.
“O objeto do inquérito é claro e específico, consistente na investigação de notícias fraudulentas [fake news], falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atinjam a honorabilidade institucional do Supremo Tribunal Federal e de seus membros, bem como a segurança destes e de seus familiares”, disse Alexandre a Fachin.
Censura
Na semana passada, Moraes recuou e decidiu derrubar a censura imposta por ele a uma reportagem da revista digital Crusoé e repercutida pelo site O Antagonista, do mesmo grupo. O ministro havia classificado o conteúdo como fake news, mas a Justiça Federal mostrou provas de que era ele que estava errado.
A 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) informou ao ministro que “realmente existe” o documento citado nas reportagens dos veículos, no qual o empreiteiro Marcelo Odebrecht afirma que o codinome “o amigo do amigo do meu pai” se refere ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli.